Certo, é o seguinte, eu sei que já faz um bom tempo desde a minha última publicação, praticamente um ano na verdade (se é que já não faz um ano) e devo dizer que isso em muito - de certa forma - me envergonha. Criei este blog como maneira de exercitar não apenas meu fazer literário, mas também como uma forma divertida de melhor articular meus pensamentos e aprimorar cada vez mais minha escrita. Vivo e respiro línguas: seu funcionamento, seu bom uso, seus sons, seu poder mágico para imprimir imagens e sensações em todos nós. Logo, é no mínimo desestimulante que alguém que diz prezar por tudo isso tenha abandonado um projeto como esse.
Assim, cá estou. Pretendo retornar full time a este cantinho tão especial para mim (e também um que permite que possam ter um pequeno vislumbre dessa minha mente).
Bom, pretendo iniciar comentando um pouco sobre minha ausência e, de certa forma, tentando justificá-la. Sigamos. Como eu acredito já haver comentado em meu post de estréia, sou estudante universitário. Das Letras, para ser mais exato. Trata-se de um curso com uma carga de leitura extremamente grande e que, como todo outro curso universitário, exige muito de seus estudantes: são muitas matérias, trabalhos, provas, livros para ler. Para além disso, também trabalho 8 horas por dia, todos os dias da semana, incluindo alguns sábados. Sim, nesse meio tempo troquei de profissão, não sou mais professor de Inglês, mas o idioma ainda faz parte do meu dia a dia profissional. Assim, peço, queridos amigos, que pensem um pouco na quantidade de tempo livre de que realmente disponho: praticamente zero.
Vou para as aulas de manhã cedo. Almoço. Vou para o trabalho e saio de lá às 21h. Chego em casa por volta das 22h30. Pois é. E aí o que me resta é tentar ler no transporte público os textos que preciso para a faculdade e ensaiar adiantar alguns trabalhos. Só. Quando finalmente tenho algum tempo livre, tipicamente aos domingos, não tenho mais saco ou paciência para lidar com mais nada que envolva olhar para telas de computador, leituras, escrita ou qualquer coisa do tipo.
Mas chega de dar desculpas. Este ano pretendo, aqui e ali, tentar escrever algumas coisinhas aqui. Com qual frequência? Não faço ideia. Mas os textos virão.
Queria concluir o post de hoje comentando um pouco sobre uma ideia que venho matutando em minha cabeça já faz certo tempo. Pretendo levar uma vida majoritariamente analógica daqui em diante. "Ora, mas que c4ralhos você quer dizer com isso?" Calme, que eu explico.
Com o passar dos tempos temos ficado em um estado de hiperconexão. Nosso cérebro recebe quantidades cavalares de informação de maneira ininterrupta e isso não é normal. Não deveríamos ter que lidar com um input tão grande de dados, pelo menos não de maneira tão frequente. São redes sociais, notícias, a sensação de ter cada vez menos tempo para se fazer as coisas. Sinto que toda essa torrente vinha intoxicando o meu cérebro: comparações, sensação de que estou atrasado na vida aos 20 anos, tudo isso me levando a agir com cada vez mais impulsividade e cada vez mais tentando dar um passo maior do que a perna. Isso acaba agora.
Dito isso, sinto que nosso momento de relação mais saudável com a internet se deu em meados dos anos 2010, antes do advento dos smartphones. Sabe, naquela época que no máximo alguém tinha um Galaxy Pocket e algum gato pingado tinha um Iphone, e que todo mundo tinha apenas uma dose diária de conexão quando ligava o computador de casa? É exatamente disso que eu tô falando. Pretendo utilizar meu celular apenas para comunicação, com visitas muito esporádicas às minhas redes. Meu notebook e meu tablet serão meu principal meio de conexão a internet, e majoritariamente para fins de trabalho e resolução de questões pessoais. Está dito.
Bom, I've spoken my mind for the day. Have a nice one, you guys. Cheers.
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