quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025

24 horas para quem?

 Certo, é o seguinte, eu sei que já faz um bom tempo desde a minha última publicação, praticamente um ano na verdade (se é que já não faz um ano) e devo dizer que isso em muito - de certa forma - me envergonha. Criei este blog como maneira de exercitar não apenas meu fazer literário, mas também como uma forma divertida de melhor articular meus pensamentos e aprimorar cada vez mais minha escrita. Vivo e respiro línguas: seu funcionamento, seu bom uso, seus sons, seu poder mágico para imprimir imagens e sensações em todos nós. Logo, é no mínimo desestimulante que alguém que diz prezar por tudo isso tenha abandonado um projeto como esse. 

Assim, cá estou. Pretendo retornar full time a este cantinho tão especial para mim (e também um que permite que possam ter um pequeno vislumbre dessa minha mente). 

Bom, pretendo iniciar comentando um pouco sobre minha ausência e, de certa forma, tentando justificá-la. Sigamos. Como eu acredito já haver comentado em meu post de estréia, sou estudante universitário. Das Letras, para ser mais exato. Trata-se de um curso com uma carga de leitura extremamente grande e que, como todo outro curso universitário, exige muito de seus estudantes: são muitas matérias, trabalhos, provas, livros para ler. Para além disso, também trabalho 8 horas por dia, todos os dias da semana, incluindo alguns sábados. Sim, nesse meio tempo troquei de profissão, não sou mais professor de Inglês, mas o idioma ainda faz parte do meu dia a dia profissional. Assim, peço, queridos amigos, que pensem um pouco na quantidade de tempo livre de que realmente disponho: praticamente zero. 

Vou para as aulas de manhã cedo. Almoço. Vou para o trabalho e saio de lá às 21h. Chego em casa por volta das 22h30. Pois é. E aí o que me resta é tentar ler no transporte público os textos que preciso para a faculdade e ensaiar adiantar alguns trabalhos. Só. Quando finalmente tenho algum tempo livre, tipicamente aos domingos, não tenho mais saco ou paciência para lidar com mais nada que envolva olhar para telas de computador, leituras, escrita ou qualquer coisa do tipo. 

Mas chega de dar desculpas. Este ano pretendo, aqui e ali, tentar escrever algumas coisinhas aqui. Com qual frequência? Não faço ideia. Mas os textos virão. 

Queria concluir o post de hoje comentando um pouco sobre uma ideia que venho matutando em minha cabeça já faz certo tempo. Pretendo levar uma vida majoritariamente analógica daqui em diante. "Ora, mas que c4ralhos você quer dizer com isso?" Calme, que eu explico. 

Com o passar dos tempos temos ficado em um estado de hiperconexão. Nosso cérebro recebe quantidades cavalares de informação de maneira ininterrupta e isso não é normal. Não deveríamos ter que lidar com um input tão grande de dados, pelo menos não de maneira tão frequente. São redes sociais, notícias, a sensação de ter cada vez menos tempo para se fazer as coisas.  Sinto que toda essa torrente vinha intoxicando o meu cérebro: comparações, sensação de que estou atrasado na vida aos 20 anos, tudo isso me levando a agir com cada vez mais impulsividade e cada vez mais tentando dar um passo maior do que a perna. Isso acaba agora. 

Dito isso, sinto que nosso momento de relação mais saudável com a internet se deu em meados dos anos 2010, antes do advento dos smartphones. Sabe, naquela época que no máximo alguém tinha um Galaxy Pocket e algum gato pingado tinha um Iphone, e que todo mundo tinha apenas uma dose diária de conexão quando ligava o computador de casa? É exatamente disso que eu tô falando. Pretendo utilizar meu celular apenas para comunicação, com visitas muito esporádicas às minhas redes. Meu notebook e meu tablet serão meu principal meio de conexão a internet, e majoritariamente para fins de trabalho e resolução de questões pessoais. Está dito. 

Bom, I've spoken my mind for the day. Have a nice one, you guys. Cheers. 

segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

Tratemos do ócio

Presentemente, poucas coisas são tão difíceis de se lidar para nós quanto o tédio. O ócio, puro e simples. O existir por existir, sem estar atrelado a uma tarefa, qualquer que seja.

Acho complicadíssimo definir um único culpado para isso, esse ato tão inofensivo que é a existência pacífica, a vida mansa. Eu mesmo não consigo ficar parado por longos períodos sem me sentir incomodado, ou, melhor ainda, culpado. No momento em que escrevo este texto, estou de férias, tanto da faculdade quanto do trabalho, de forma que minhas únicas preocupações se restringem apenas ao reino das relações pessoais e das responsabilidades do dia a dia (ajudar em casa, passear com o cachorro, fazer compras etc).

Acho que estamos desacostumados a ouvir nossos próprios pensamentos. É desconfortável. A reflexão, ao menos para mim, frequentemente conduz a uma tristeza imensurável, difícil de expor em palavras. Contudo, sinto que não necessito fazê-lo, uma vez que de tal trabalho já se ocupou Fernando Pessoa magistralmente. Faço das palavras dele (ali postas sob a assinatura de Bernardo Soares) as minhas.

Há também uma pressão idiotamente imposta sobre todos, a da produção constante, a tal da Produtividade. Afinal, de que vale o seu dia se você não trabalhou, não estudou, ou coisa do tipo. Sei muito bem que tudo não passa de uma grande falácia, mas é difícil se livrar de pensamentos tão profundamente enraizados em si, no senso comum, na sua criação: ter um pai que mal aproveita as suas folgas e que trabalha das 8 às 16 faz você se sentir um inútil por ficar parado. Racionalmente, não faz sentido nenhum, até porque não tenho obrigação alguma; emocionalmente, menos ainda, mas cá estamos.

Frequentemente me encontro pensando em Hobbits. Os pequenos carinhas da Terra-Média. Esses sim sabem como viver. Todos habitando o pequeno território do condado, com pequenas plantações e alguns bichinhos de criação, com muitas refeições ao longo do dia e bastante cultivo de ócio e festança, evitando a exaltação dos ânimos e fortes emoções. Penso muito neles porque os invejo. Imagine só, viver dessa maneira.

No momento não faço a menor ideia de como lidar com essa desinquietação que sinto no ócio. Procuro maneiras de aproveitá-lo melhor, mas até agora nada. Quem sabe até o fim das férias encontro uma forma de aproveitá-lo da melhor forma possível. Torçamos.

sábado, 21 de outubro de 2023

Um começo

 Temos aqui um começo

Por muito tempo matutei sobre meios artísticos pelos quais eu poderia tratar da minha vida: um canal no Youtube, produzir curta-metragens, roteiros, enfim, muitas eram as possibilidades. Ao fim de tudo, decidi que para mim não há melhor meio de expressão do que a escrita. Redações, romances, contos, poemas, ensaios, tudo isso me encanta.

A possibilidade de se ilustrar tantos pensamentos, tantas ideias, de se criar tantos mundos, tantas histórias e personagens, de se refletir sobre a vida, a existência, e tudo isso com algumas combinações de sons! Há alguma coisa mais bela do que isso? Creio eu que não, ao menos eu ainda não descobri. 

Tamanho é meu encantamento com as palavras, as narrativas e a arte como um todo, que para mim não havia outro caminho a se seguir: sou estudante das Belas Letras (em uma das maiores universidades do país, ainda por cima. Quem diria isso? Com certeza eu não, de tal forma que às vezes ainda custo a crer).

Para todos fins e propósitos, aqui será minha válvula de escape, não para fins de fatos pessoais, é claro (até porque para isso existem os diários, e tamanha exposição na internet me tornaria digno de uma internação e terapia intensiva). Resumo eu: li algo que me encanta? Cá estarei a falar sobre isso; assisti a um filme que me impactou? Tens-me aqui de novo; joguei algo que me impressionou? pois bem, lhes asseguro de que virei aqui conversar sobre. 

No momento, isso é tudo o que tenho a dizer. Estou lendo Dom Quixote (a primeira parte), Livro do Desassossego e A Sociedade do Anel (não, eu não acho isso correto, mas tenho um péssimo hábito de ler várias coisas ao mesmo tempo, e sim, eu sei como isso pode afetar negativamente o aproveitamento deles, é algo que estou tentando resolver). Em matéria de jogos, a situação não é nem um pouco melhor: estou jogando Assassin's Creed 2, Skyrim, Halo Reach, Fire Emblem Awakening, Ocarina of Time e Castlevania Aria of Sorrow. Meu plano é trabalhar em fazer apenas uma coisa de cada vez, para de fato aproveitar a arte com a qual engajo.

Pretendo falar aqui sobre A Sociedade do Anel assim que terminar, já que estou me aproximando do fim. Esperem por muitos elogios meus a Gollum. Samwise e Pippin (meus favoritos, poucas vezes me diverti tanto lendo quanto quando leio algo que envolve eles). 

Até breve!


Ah! Também acabei de me lembrar de algo: pretendo comprar um Nintendo Switch em breve, então também esperem algo a respeito dele, Breath of the Wild e Mario Kart 8.

24 horas para quem?

  Certo, é o seguinte, eu sei que já faz um bom tempo desde a minha última publicação, praticamente um ano na verdade (se é que já não faz u...